quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

SOBRETAXAÇÃO DE IMPOSTOS: OS RADARES DA CIDADE DE SÃO PAULO

Nesta semana, após a instalação de novos radares na cidade de São Paulo, os carros que não realizaram a inspeção veicular poderão ser multados pelos 177 radares que possuem o sistema de Leitura Automática de Placas (LAP), semelhante àqueles que fazem as leituras das placas dos carros que não cumprem o rodízio. A Prefeitura alega que os recursos arrecadados com as multas (R$ 550,00) irão para um fundo especial do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, o “Fundo Verde”, que investirá em projetos sustentáveis para a redução da poluição e para o transporte.
Algumas coisas nos chamam a atenção em relação às multas de trânsito. Sabemos que muitos desses “serviços” são terceirizados, como a própria “inspeção veicular” realizado pela “Controlar”, uma empresa e, como todas as empresas, visam o lucro. Lembremos que a taxa da inspeção, R$ 56,44, antes era devolvida, agora não é mais. São mais de 6 milhões de veículos a frota da cidade e uma conta rápida nos dá a dimensão dessas cifras. Acrescentemos a esses dados a voracidade da Prefeitura e do Governo do Estado na instalação dos radares, como no caso da recente ampliação das faixas na Marginal Tietê na qual os radares foram instalados antes que as placas de sinalização, causando mais confusões e engarrafamentos no caótico trânsito da cidade.
A quem interessa essa “indústria da multa”? Um “caixa dois” do poder público municipal?
Em Santo André, cidade célebre pelos mesmos motivos, a população indignada colocava nos carros um adesivo sugestivo: “Visite Santo André e ganhe uma multa”. Creio que devemos pensar em adaptar essa frase para São Paulo.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

ANO NOVO, VELHOS HÁBITOS: O ESTRESSE

São Paulo, 19000 novos veículos emplacados ao mês, em torno de seis milhões é sua frota. Por detrás de cada motorista, um ser estressado, todos ansiosos, todos atrasados, muitos deprimidos. Somam-se a esse quadro, as chuvas que prenunciam alagamentos e as atividades de final de ano que aumentam o nível de loucura a que é submetido o paulistano, colocando em xeque a máxima de que o brasileiro é cordial. O que vemos, ao menos no trânsito, é uma guerra por espaço, por AUTO-afirmação. Quando esses níveis de desequilíbrio atingem as relações humanas fora do trânsito, de fato temos sérios problemas.
Ansiedade, estresse, depressão. A tríade infernal da patologia moderna que corrói o indivíduo e as relações sociais. Particularmente, alunos e professores sofrem, como todos, tais pressões, porém com o agravante do final de semestre/ano com provas, médias, trabalhos, reclamações, choros e “tome gravata” (Vinicius de Moraes), o que faz da docência, uma das profissões mais desgastantes no ranking do estresse.
Esse quadro, bastante conhecido, é uma realidade difícil de ser transformada em algo mais saudável. Alguém possui alguma sugestão? O humor é uma excelente arma contra essa ditadura do mau humor e rancor, o problema é que quando alguém está com altos níveis dessa doença, o humor é visto e sentido como agressão, causando mais violência.

“Amar, porque nada melhor para a saúde que um amor correspondido.”
(Vinicius de Moraes)

Bom final de semestre/ano a todos.